quarta-feira, 16 de outubro de 2013
sábado, 16 de março de 2013
AOS SEGUIDORES E AOS LEITORES
Convido a todos os meus leitores que gostam de histórias de terror a comentar e a dar sugestões sobre o tipo de histórias que gostariam que eu publicasse, ou seja, qual assunto. Recomendo também que sejam seguidores desse blog, pois isso nos incentiva a escrever cada vez mais e melhor. A todos os seguidores postados desse blog desejo que tenham paz, saúde e harmonia nas horas mais sombrias de suas vidas. Àqueles que por ventura me visitarem e se deleitarem com meus contos, mas não deixarem sua marca de seguidor ... Bem... Não deixem de rezar antes de dormir! Huashuashuashuashuash.... E nunca deixem de dar uma olhadinha embaixo da cama...
sexta-feira, 20 de abril de 2012
O
CANIBAL DE GARANHUNS
Qualquer semelhança é mera
coincidência... Esse canibal não tem nada a ver com o carniceiro que anda
aparecendo nos telejornais ultimamente... Preparem-se para uma história de
arrepiar até os mais incrédulos em histórias de horror...
Há muito tempo atrás nasceu uma
criança nos cafundós de Garanhuns. Dizem os mais velhos que aquele menino não
parecia normal, assim que nasceu deu uma gargalhada para a parteira que daquele
dia em diante nunca mais fez parto em ninguém. A mãe da criança morrera no
parto e o bebê foi criado por um padre bondoso que rezava missa todos os
domingos pela manhã.
O menino cresceu no meio religioso,
mas as artes e peraltices não condiziam muito com o tipo de criação que estava
recebendo. Certa noite de muita chuva e relâmpago alguém viu o padre sair arrastando
aquele menino pela orelha, caminhando pela rua de terra e sumindo na floresta
densa.
No dia seguinte ninguém viu o menino
e o padre não falava mais nele. Alguns meses depois o padre também sumiu, sem
deixar pistas. A população daquela antiga vila procurava desesperadamente pelo
padre. Alguém teve a brilhante ideia de procurá-lo no frio bosque. Qual não foi
a surpresa, acharam o padre pendurado de cabeça para baixo, faltavam-lhe partes
do corpo. A comoção foi geral e o terror se espalhou por aquela vila.
Muitas rezas foram dedicadas ao
padre e o enterro foi seguido por todos os moradores. A partir desta data
pessoas começaram a sumir, mas o pior é que depois apareciam seus pedaços
arrastados por cachorros famintos.
Certa noite muito quente, a vizinhança
tomava a fresca pelos bancos da pequena praça quando de repente veem saindo da
mata aquele ser horripilante, reconheceram imediatamente o menino que um dia
fora criado pelo padre, mas agora com outro aspecto, totalmente demoníaco com a
boca escancarada, seus olhos esbugalhados denunciavam loucura ou pacto com o demo. Num salto seguido por um
urro, aquele ser bestial pulou em cima do primeiro inocente à sua frente e numa
só bocada arrancou o rosto do infeliz devorando-o com voracidade.
Dizem que hoje aquela vila não passa
de um lugar abandonado e que em noites muito quentes pode-se observar um ser
bestial tentando farejar sua próxima presa humana. Uma senhora muito antiga diz
que é castigo, pois a mãe do menino havia se apaixonado por um homem casado e
não conseguindo seu intento de ficar com ele fez um pacto com o diabo, se ela
conseguisse ter um caso com o desgraçado e acabar com seu casamento, lhe
entregaria seu primeiro filho, e assim o fez.
domingo, 15 de abril de 2012
A ESTRADA DO TERROR
O carro seguia pela estrada
totalmente deserta. Nenhum outro carro à sua frente, tampouco atrás de si.
Simão e seu irmão Simon conversavam
sem se importar com o breu que pintava o cenário lá de fora.
No rádio tocava uma música preferida dos dois: “ ‘There'll
be peace when you are done Lay your weary head to rest Don't you cry no more’ …
Kansas: Carry On Wayward Son”.
A
mata dos dois lados da Estrada era densa. O farol alto era a única luz que
iluminava o caminho dos dois. Nem a lua dava o ar da graça, Nuvens espessas
ocultavam a beleza do firmamento, mas os irmãos não estavam preocupados com a
escuridão da estrada ou a beleza do firmamento, apenas queriam chegar em casa e
descansar da longa viagem.
De repente, sem a menor cerimônia ou
aviso o carro se apagou completamente e parou no meio da estrada.
“_Droga!” – Reclamou Simon que
estava no banco do passageiro.
“_Que azar!” – Completou Simão já
descendo do carro para inutilmente dar uma olhada no motor do veículo.
Capô aberto, mas nada de detecção do
problema.
“_E agora?” – Disse Simon desolado.
Empurraram o carro para o
acostamento e decidiram esperar que alguma alma viva passasse por aquele lugar,
os celulares nem adiantava tentar, completamente sem sinal.
Um farfalhar de folhas chamou a
atenção dos dois. Olharam ao mesmo tempo e viram uma criança atrás de um arbusto
a espreitá-los. De repente risos ecoaram por aquele vale e várias outras
crianças apareceram, corriam de um arbusto a outro como se estivessem se
escondendo. Uma das crianças fez sinal para os dois como se os chamassem, o
sorriso daquelas crianças não era nada agradável, a boca parecia ser bem maior
que o natural e os dentes pareciam muito afiados.
“_Ai meu Deus, o que é isso Simão?”
– Gritou Simon desesperado.
Os dois tentam entrar no carro, mas
suas pernas estavam paralisadas pelo medo.
Ao longe surge uma luz de farol...
Uma luz de esperança...
Um carro para ao lado do carro dos
dois irmãos e desce um casal com uma criança.
A criança corre para junto dos
rapazes e segura em suas mãos dizendo: “_Não se preocupem, meus pais vão ajudar
vocês!” Os pais porém ignoram os dois e correm próximo à ribanceira: “_Querida,
não olhe, ligue para a polícia.” _ Disse o homem.
Simão e Simon se aproximam do casal
para agradecer pela ajuda quando vislumbram o inacreditável. Seu carro está lá
embaixo, irreconhecível. A fumaça denuncia que ali houve um incêndio. O pior é
que seus corpos estão dilacerados e quase irreconhecíveis.
A mulher chora ao celular: “_Alô,
polícia... Houve um grave acidente, duas pessoas estão mortas! Por favor nos
ajudem!”
quarta-feira, 11 de abril de 2012
666
A noite
era tenebrosa. Relâmpagos riscavam o céu e os trovões estrondavam como feras
famintas.
A mata
ajoelhava-se perante o vendaval que atirava a água da chuva contra a vidraça de
seu quarto. O sibilo do vento parecia assoviar o seu nome:
“FFFFFlávvvvvvviooooooo”. O suor escorria pelo rosto e pelas costas.
A bíblia
aberta caída ao pé de sua cama parecia uma enorme boca escancarada que o queria
engolir... “666 é o número da Besta”... A frase martelava em sua mente ao ritmo
da forte chuva.
Flávio
estava sozinho já há alguns dias naquela enorme casa de campo que herdaria de
seus pais. Uma casa muito antiga ao pé de uma generosa montanha. A bíblia tinha
sido sua única companheira. Fazia leitura diária... Salmos, crônicas, cânticos,
apocalipse...
"E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher
assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de
blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de
púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e
tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua
prostituição; E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande
babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra." (Apocalipse
17:3-5) “Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é o número
de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis (666)”. (Apocalipse
13:18)
Flávio
conhecera Viviane há seis meses e essa mulher causou em sua vida a maior de
todas as ruínas. Viviane era interesseira e todos perceberam isso desde o
início, menos Flávio que ficara totalmente cego por ela. Aos poucos a mulher o
convencera que era melhor eles se livrarem dos pais de Flávio, assim os dois
não teriam mais de aturar a todo instante as falações do tipo: “Essa mulher não
presta... Essa mulher vai causar a sua desgraça...”
O plano
fora arquitetado e colocado em prática. Em seis de junho os pais foram
assassinados a pauladas. O sangue ficara espargido pelas paredes brancas. A
polícia não conseguiu desvendar o caso. No enterro dos pais Flávio chorava
inconsolável ao lado da namorada toda de preto.
O baque
foi assustador quando Flávio entrou no quarto para reconhecimento dos corpos,
na parede suja de sangue podia-se ver nitidamente o número que se formara por
entre o escarlate sanguíneo: 666. O grito do rapaz foi ensurdecedor e o desmaio
não era fingimento.
Depois do
enterro Viviane sumira. Flávio, desesperado a procurou sem sucesso. Algum tempo
depois partira para a casa das montanhas para tentar procurar refrigério para
sua alma, pois o peso na consciência era avassalador.
Naquela
noite chuvosa tomara da bíblia e ao ler aquela passagem tudo ficou claro em sua
mente. Ele e Viviane tinham sido as bestas feras de seus pais, os dois juntos
traziam em seus nomes o número da Besta “666” “Aquele que tem entendimento
calcule o número da besta, pois é o número de um homem, e o seu número é
seiscentos e sessenta e seis (666)”. (Apocalipse 13:18) : VIVIane (
VI=6+VI=6)+FláVIo (VI=6), ou seja, VIVIVI=666.
Flávio não parava com a matemática
mental, matara seus pais em 6/6 e conhecera Viviane exatamente seis meses
antes...(666) A cabeça lhe doía, o sangue fervia em suas veias.
Os trovões
continuavam lá fora e Flávio agora estava em cima de sua cama, tomava a posição
fetal para tentar adquirir algum conforto.
De repente
ele ouve o ranger da porta e passos que subiam as escadas... Sentou-se
amedrontado na cama e qual não foi a sua surpresa ele vislumbra Viviane
entrando lentamente em seu quarto com um sorriso demoníaco. Vestia-se de
escarlate e trazia em sua mão uma taça com um líquido vermelho.
_Se afasta
de mim Demônio! – Gritou ele desesperado quando viu que a mulher tinha chifres
e rabo.
A
gargalhada que ele ouviu foi de puro prazer demoníaco. A mulher sorveu aquele
líquido da taça deixando escorrer um pouco pelo canto da enorme boca: “Um
brinde com o sangue de seus pais!” A voz era gutural e horripilante.
_Você me
enganou seu Demônio! – Chorou Flávio.
_Não meu
camarada, você se enganou... Agora já é tarde pra você se arrepender. Vim te
buscar para a sua eterna morada.
Seis dias
depois o corpo de Flávio fora encontrado na casa das montanhas, completamente
desfigurado. A polícia tenta atribuir a morte de Flávio aos mesmos criminosos
que executaram seus pais. Nisso eles têm razão.
Dizem os
novos moradores da casa das montanhas que, em noites de muita chuva, pode-se
ouvir gemidos de muita dor que parecem vir das profundezas do inferno! Parece
que a casa será colocada mais uma vez à venda. Fica à Rua das Lágrimas nº 666.
quinta-feira, 1 de março de 2012
NÃO BRINQUE COM OS MORTOS
Aqueles olhos extremamente azuis
chamaram a atenção de Bianca naquela noite. O baile ia animado e ela não
conseguia desviar o olhar daquele belo rapaz que ali se divertia quase do seu
lado. Ela precisava ficar com ele, era o rapaz mais lindo que ela já tinha
visto em toda a sua vida. Deu um jeito de esbarrar nele e de acordo com seu
plano conseguiu chamar-lhe a atenção, pois ela também era uma garota muito
bonita.
Depois de Bianca jogar muito charme
o rapaz se apresentou:
_Oi, meu nome é Rafael, e o seu?
Essa foi a deixa para que os dois
pudessem ficar juntos o resto do baile. Bianca havia se esquecido até que tinha
saído junto com seus três amigos: Pedro, Mariana e Vanderlei. Voltaram a se
encontrar no final do baile para irem embora juntos.
Na
volta para casa passaram em frente ao cemitério exatamente às três horas da
madrugada. Vanderlei de repente pára e, na maior zoeira, desafia os outros a
entrarem ali.
_Duvido
a gente entrar aí e chamar os mortos pra vir conversar com a gente.
De
início todos olharam para ele assustados, mas depois começaram a rir e toparam.
Pularam o enorme portão de ferro e, meio ressabiados, começaram a vagar por
entre os túmulos. As fotos sombrias e os epitáfios nas lápides chamavam a
atenção do grupo.
_Olha
essa foto, coitada, morreu com dezesseis anos... A mesma idade da maioria de
nós.
_Morreu,
morreu. Antes ela do que eu! – Falou rindo Mariana.
Todos
começaram a rir... O impressionante é que mesmo depois que a “graça” passou e
que todos pararam de rir, uma gargalhada gutural começou a ecoar por entre os
túmulos. Agora aquele bando de adolescente não estava achando mais graça
nenhuma.
_Quem
tá aí?Isso não tem graça! – Disse Vanderlei, o mais velho do grupo. – Vamos
sair daqui pessoal.
No
instante seguinte estavam todos correndo. Correram feito loucos em direção ao
portão, mas o portão parece que havia sumido. As meninas choravam
freneticamente. Aquela risada infernal ecoava por todo o cemitério.
_Eu
quero sair daquiiiiiii! – Gritava Bianca segurando fortemente as mãos de Rafael–
E a risada ficava cada vez mais estridente.
Desesperados,
mas cansados, todos se abraçaram e se encolheram a um canto.
Rafael,
o colega que eles conheceram naquela noite no baile, de repente se levanta e
diz:
_
Pessoal, não vamos nos deixar abater. Vamos sair daqui. – Com essas palavras
ele deu coragem aos outros que se levantaram e começaram a segui-lo em busca do
portão de saída. Caminharam muito por entre os túmulos mal iluminados pela luz
da lua. Ao longe avistaram o portão e correram em sua direção. Porém quanto
mais corriam mais o portão se distanciava.
Quando
já estavam sem fôlego para continuar, Bianca encostou-se num dos túmulos e de
repente todos os pêlos de seu corpo se eriçaram. A foto na lápide mostrava um
lindo garoto com os olhos extremamente azuis, era de Rafael. Não teve forças
para gritar, apenas chamou a atenção dos outros para aquela terrível
descoberta. Todos olharam para Rafael. O rapaz sorriu e apontou seu epitáfio
onde todos leram : “Já fui o que tu és, serás o que sou hoje”.
Dizem
que os quatro amigos daquela noite nunca mais foram os mesmos.
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